Seria patético se não fosse tão triste...
Meri Pellens
A decisão do STF ontem aprovando o aborto de bebês “anencéfalos” (entre aspas, pois os diagnósticos nunca são 100% certeiros, queiram ou não os abortistas compreender), só prova que vivemos num mundo e numa sociedade, onde, de preferência, o belo e o querido é ser saudável. Na boa, véi, se vier com defeito recomenda-se descartar o quanto antes, é assim que os abortistas pensam. Mas enganam-se aqueles que acham que adianta fugir das provas da vida para se livrar de um problema ou sofrimento. Covardia nunca foi solução de problema algum. E isso é um fato da vida e não julgamento. Não se resolve um mal com outro mal. Os filhos, seja como for, vem para nos ensinar a amar, e o amor começa pelo respeito.
Aborto é uma solução ilusória, essa é a verdade. Muito sofrimento acompanha inevitavelmente quem consente no aborto, sofrimentos esses bem piores que fazem amargar, sobretudo vindos da consciência, pois lá no fundo ela mostra muito bem a abominação que é o aborto voluntário, aí não basta dizer que se arrepende, mas necessário é mostrar frutos desse arrependimento passando a ser à favor da vida, não somente da mulher, mas do feto também. Porque os abortistas só pensam na mulher, eu sou à favor da vida de ambos!
Depois, quem disse que todos os bebês bonitinhos e saudáveis que nascem serão bonitinhos e saudáveis para sempre vivendo felizes por longos anos? Mas aí, se adoece, se faz tudo para salvá-lo, até rendem-se a religião que tanto desprezam hoje, isto porque o filhinho já nasceu e se pegou amor? É bem isso mesmo, infelizmente. Necessário é muito amor para gerar o respeito e o desejo de deixar um feto “anencéfalo” viver, amando-o pelo tempo que lhe resta.
Acredito sim, que tanto decidir-se pelo aborto como pela vida do feto “anencéfalo” é uma decisão dolorida e não livre de grandes sofrimentos, mas uma coisa sempre será o sofrimento que superamos por amor, outra coisa o sofrimento que nos impomos por meio de atalhos ilícitos que tomamos na nossa vida.
Absurdo ainda é perceber que muitas dessas pessoas a favor do aborto, ao mesmo tempo, são contra a que se use animais como alimentação ou cobaias para testes de remédios e tratamentos para cura de doenças. Barbaridade! Concordo com a Christiane Forcinito: “Um país onde temos defensores aguerridos de cachorrinhos, gatinhos, tartarugas, baleias e plantinhas mas o ser humano NADA VALE….”. Há muita falta de noção ou hipocrisia mesmo, porque poxa, criticar os outros por comerem carne mas ser à favor do aborto, é muita inversão de valores. Contudo, “ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Isaías 5:20.
Por isso, na boa, véi, não largo meu churrasco meeeeeesmoooo. Antes um churrasquinho bem passado que ser a favor do aborto.