Eu havia decidido que não escreveria nada sobre o Ano Novo que se aproxima e nem sobre o Ano Velho que agoniza.
Entretanto, lendo alguns textos nos blogs dos amigos, sobre essa tradição de celebrarmos cheios de esperança e otimismo a cada novo ano que se aproxima, me fez pensar no assunto. A minha opinião sobre isso é que tudo não passa de mudança de calendário, apenas. E eu, como todos da humanidade, teremos em 2011 dias bons e dias ruins, faz parte da vida. Dessa vida.
Entretanto, lendo alguns textos nos blogs dos amigos, sobre essa tradição de celebrarmos cheios de esperança e otimismo a cada novo ano que se aproxima, me fez pensar no assunto. A minha opinião sobre isso é que tudo não passa de mudança de calendário, apenas. E eu, como todos da humanidade, teremos em 2011 dias bons e dias ruins, faz parte da vida. Dessa vida.
Nada, ou quase nada vai mudar a partir do dia primeiro, a não ser o fato de que todos nós nos lembraremos de desejar felicidades eternas uns aos outros, e desejamos mesmo, de coração, que todos sejam felizes!
Felicidade!
Essa palavrinha tão batida é tudo que queremos e procuramos, mesmo antes de aprendermos a juntar as letrinhas e escrevê-la. Mas será que estamos procurando no lugar certo? Tantas verdades foram nos ensinadas para encontrá-la, mas que na realidade não seguimos. Procuramos por ela por conta própria, como seres autômos, andando pela vida sempre senhores do nosso próprio destino, e até nos orgulhamos da nossa autossuficiência.
E nesse processo, enquanto corremos atrás da felicidade, sacrificamos nossas vidas, pessoas, animais, plantas e o próprio meio ambiente. Sacrificamos o planeta que é o nosso único lar.
É isso aí, somos a raça humana, a perfeita criação de Deus! E como somos espertos!... Diplomados em dar um jeitinho nas nossas cagadas.
Andei pesquisando se existe a tal receita da verdadeira felicidade e descobri coisas interessantes. Descobri, por exemplo, que todos nós seriamos mais felizes se praticássemos a compaixão. E que se promovermos o bem apenas para nós mesmos, esquecendo-nos dos demais, estaremos contribuindo para acentuar o desequilíbrio da grande engrenagem do universo. Para que fosse possível a ocorrência da felicidade, esta deveria abranger todos os seres, quando então, não haveria qualquer tipo de desequilíbrio ou desarmonia.
Descobri também a diferença entre compaixão e sentir pena de alguém.
Sentir pena de alguém significa que nos sentimos numa condição melhor, e às vezes estamos mesmo, materialmente falando. Apenas materialmente, pois somos todos vulneráveis às tragédias, doenças e infortúnios. Não acontece somente com os nossos vizinhos.
Ter compaixão, no entanto, é uma doação de amor incondicional para que o outro consiga superar suas dificuldades. A compaixão exige que nos coloquemos no lugar daquele que está sofrendo. Exige que estejamos presentes, que sejamos atuantes, que nos posicionemos. Exige, enfim, a nossa disponibilidade para ofertar algo de nós mesmo, para que o problema em questão se resolva e aquele ser envolvido possa finalmente sair daquela situação. É cuidar para que o outro possa levantar-se e caminhar.
Será que algum de nós está disposto a sair do seu comodismo, a abrir mão do seu compromisso, a adiar uma viagem, um passeio em prol de algum sofredor? É provável que não. Mas como somos bonzinhos, sentimos pena. Somos capazes de nos comover com o sofrimento do outro, porém, o mundo não precisa de nossas lágrimas.
O que o sofredor precisa é da empatia e da nossa profunda compreensão e consequente comunhão com o sofrimento dele.
Jesus, o homem sem pecados, nos ensinou a lição de casa. Ele consolou os desconsolados, deu de comer aos famintos, curou os doentes, ressuscitou os mortos, e fez muito mais, nos deu genuína esperança para o futuro. É verdade que ele tinha que provar para aquele povo suas verdadeiras credenciais como o filho do Deus Altíssimo, mas sua principal motivação foi a compaixão que ele sentia.
Ok, não estamos com essa bola toda, mas cá entre nós, não fazemos nem o que está ao nosso alcance!E o lado triste de tudo isso é que podemos. Fomos criados à imgem e semelhança de Deus no sentido de que possuímos muitas qualidades que desconhecemos porque não as exercitamos.
O mesmo Homem que nunca pecou, disse em outras palavras: "Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em seu próprio íntimo. Nada lhe posso dar a não ser a verdade, a oportunidade, o impulso, a chave e a vida"
Que Deus tenha piedade de nós em 2011.