Quem
de nós
Vai
contar os passos
Entre
o chegar e o abraço
Entre
o nó e o laço,
Entre
o ficar e o depois... Quem?
Quem
de nós
Vai
medir o espaço
Entre
o esperar e o cansaço, quem?
Quem de nós
Vai
corrigir o traço
Torto
e cansado
De
tanto vaguear
Nesse
bilhetinho dobrado?
Quem de nós
Vai
aparar com as mãos:
Lágrima
de palhaço,
Purpurina
de borboleta,
Pluma de ninho abandonado,
Sonho
aos pedaços?
Quem
de nós
Vai
contar nos dedos
Desejos
amarelados,
Planos apagados,
Segredos
bem guardados?
Quem
de nós vai colar com lágrimas
Partitura rasgada
De música antiga
Na
embriaguez amiga?...
Quem vai bisbilhotar escondido
No
jornal de ontem
Páginas
viradas,
Notícias
reticentes,
Palavras pendentes
Numa
noite inimiga?
Quem vai impedir a lágrima
De
rolar atrevida
E
morrer no canto
Do
sorriso forjado... Quem?
Quem
vai costurar os retalhos
Da
loucura à razão,
Do
pecado ao perdão?...
Quem
de nós ousará somar
O
passado ao presente
Subtrair
dele o futuro?...
Quem?
-sueli gallacci
Telas poeticas ou poemas escritos....gorto de ambas as formas de se expressar....
ResponderExcluirCreio não ter usado a vara curta...hihihi
Bom Santo António
Beijo
Ah, Andrade vc é sempre bem vindo aqui e nunca usa a vara curta hahaha!!
ExcluirObrigada amigo! Feliz dia dos namorados pra vc tbm!!
Bjobjo!!
Peguei seu lindo poema,
ResponderExcluirFosse ele um lencinho
Letras e palavras,
Coloquei no meu pescoço
Vivenciei cada verso
Retratos e espelhos,
Reflexos dos meus caminhos.
Oi Sueli,
Você e esta capacidade de emocionar...
Já estava com saudades!!
Espero que tudo esteja bem.
Que lindo amiga!!
ExcluirUm comentário poema, sensível e delicado... Obrigada! Vou guardá-lo como uma dedicatória da sua presença aqui.
É, andei sumida com férias forçadas novamente... Naquele ‘hotel todo branco’ sabe? rsrs. Mas já estou de volta recuperada. Nem dei muito alarde, tá virando rotina esse negócio rsrs.
Bjos amiga, saudades tbm!!
SU!
ResponderExcluirEssa repetição do pronome 'Quem', ficou lindo e forte. Penso que esse poema é uma reflexão de tantas coisas que julgamos, que pensamos, e que no final não podemos fazer nada, não temos força para mudar o curso das coisas, da vida, de nada.
Artista e poeta se mesclando...só pode dar isso: um belo poema!
Adorei...
'Quem vai impedir a lágrima
De rolar atrevida
E morrer no canto
Do sorriso forjado... Quem?'
Grande beijo, amiga!!
Sueli, não sei se espero mais ansiosamente por suas crônicas ou se por seus poemas! Pois nas crônicas sei que vou rir ou "ouvir umas verdades" ditas "na cara, sem rodeios" e adoro essa sua característica! Por outro lado, nos poemas encontrarei um mundo de interpretação nas entrelinhas - interpretação essa que vem do 'sentir' sobre o qual você fala com Tais... Essa coisa suave e única, que obedece simplesmente a uma inspiração, mas que chega ao leitor carregada de emoção! Ah, como adoro isso, esse seu jeito único de poetar, de fazer-me sentir cada verso na alma! Realmente, fico encantada com o talento e com a sensibilidade...
ResponderExcluirDeixo um mega beijo, para a vovó mais linda e mais produtiva da blogosfera (mais netinho vindo aí, não é? rsrsrsrs). Lindo fim de semana, minha querida!
Ownnn, Suzy vc é D+!! Nossa, nem sei o que dizer diante desse comentário... Me foge a inspiração quando mais preciso dela.
ExcluirVc é uma amiga muito querida que me estimula, me mima com as suas palavras. Isso é tão gratificante pra mim!!
Gosto de escrever poemas para serem 'sentidos' mais do que entendidos. Esse poema e quase todos que postei aqui foram escritos há muitos anos, e é tão engraçado que quando releio-os quase não me reconheço nos versos, como se estivessem sido escritos por outra pessoa rsrs.
Os que escrevo hoje postarei daqui uns 10 anos... ou mais rsrs.
BeijãoZÃO pra vc, amiga!!Obrigada sempre!! Lindo findi pra toda sua família!!
Ah, vem mais um netinho, sim (ou netinha)... estamos em contagem regressiva pra saber o sexo. Ansiedade...
Parabéns Sueli, o poema é belíssimo!
ResponderExcluirBeijos
Obrigada Néia! Adoro sua presença aqui!
ExcluirBeijos, linda semana!
Sueli também não tenho andado muito por aqui. Marido se recuperando de uma doença grave, porém em casa. Estou de férias, mas, esse ano está complicado. Porém nem tudo são tristezas, alegrias novas; vou ser vovó! Meu primeiro neto, ou neta demorou!...
ExcluirLindo poema Sueli! Você consegue mexer lá no fundo dos nossos sentimentos!... Antigamente eu vinha aqui por causa das suas pinturas, das suas artes, de um tempo para cá me delicio com os seus poemas e crônicas, vou falar novamente, você não existe mulher!...
Bjos
Minha querida amiga, primeiramente parabéns pelo netinho(a)!!! Estou muito, muito feliz por vc!! Vc verá, ser avó é algo magnífico, mágico, uma ‘realização maternal colorida’ rsrs. Eu vou ser avó pela terceira vez, meu novo netinho(a) chega em janeiro. Aqui tbm demorou pra chegar o primeiro, mais um pouco eu teria idade pra ser bisavó kkkkk
ExcluirMelhoras para o seu marido! Sei como é difícil marido doente em casa, já passei por isso... Eles parecem umas crianças mimadas, não é? rsrs. Na verdade somos nós que os mimamos, e isso tem o lado bom... Nesses momentos há uma maior aproximação e isso pode ser enriquecedor para o casal. Tenha paciência que tudo se resolverá da melhor maneira. Fico daqui torcendo e orando por vcs!!
Obrigada pelo seu prestígio e pela sua amizade! Estou afastada da blogosfera por um tempo, envolvida num projeto que me consome muito tempo. Voltarei, mas ainda sem data marcada.
Seus comentários são como presentes que eu recebo com muito carinho!!
Beijão.
Oi Sueli,
ResponderExcluirEstou passando para te deixar meu abraço.
Um bom domingo.
Oi amiga, obrigada!!
ExcluirEstou afastada da blogosfera por tempo indefinido, sem, contudo, esquecer os amigos que, assim como vc, somam comigo e fazem toda diferença na minha vida...
Linda semana pra vc, Bjos no coração!
ENAMORADOS
ResponderExcluirNaquele dia estava só.
Embora tantos esvoaçavam,
Estava só em meu dia só.
Naquele dia doze de junho
Queria escrever na capa do disco:
“Don’t forget to remember me”
Com todos os bes e ges
Que merecíamos,
Mas nos tiraram.
Naquele dia de setenta e três
Parece que chovia,
Ou seriam lágrimas?...
Sei lá... Molhou!
Naquele dia tão longínquo
Não tinha folha de caderno
Que comportasse meus escritos:
Por que, por que, por quê?...
Naquele dia a noite veio,
Suave e acalentadora feita mãe:
Filha enxugue as lágrimas e sorria!
E eu fiz a lição de casa:
Guardei uma foto com a frase:
“Para os olhos verem quando o coração relembrar”
Paolla Fabbretti (12/12/2013)
Paolla, vc me deixou sem palavras com esse belíssimo poema!
Excluir"Estava só embora tantos esvoaçavam"... Momentos de melancolias absolutas que se entope de ausências...
Certa vez escrevi numa foto: "Para os olhos verem quando o coração esquecer"... Quase a mesma frase, uma palavra apenas mudou toda a intenção.
Obrigada pelo carinho! Sempre bem vinda aqui!
Bjobjo!!