Olá meus queridos amigos!
Saudadona de vocês, viu... Peço desculpas pela minha ausência.
Por motivo de força maior não tenho postado e visitado os amigos com a mesma freqüência de antes. Sempre dizemos que o motivo é de ‘força maior’ toda vez que não queremos dar maiores explicações rsrs. No meu caso é que não quero me tornar repetitiva.
Embora esteja dando um tempo na blogosfera, resolvi escrever no blog hoje por que é um dia muito especial pra mim... Hoje está completando 40 anos que eu trombei com o meu príncipe encantado! Ele chegou num cavalo branco, raptou-me em sua garupa e roubou o meu coração...
Ok, a parte do cavalo branco é delírio, mas o resto é verdade rsrs.
Ele também não chegou num fusquinha branco porque nem tinha idade para dirigir. Tinha acabado de completar 16 anos, era só um menino de cabelos encaracolados e olhos brilhantes...
E mentiroso, disse que tinha 18, e eu acreditei, pois tinha cara e porte de 18. Ele nem precisava ter mentido, me apaixonei tão imediatamente quanto permitiu minha insanidade juvenil.
Eu, que já tinha 17, era um tipo de versão antiga da Patricinha da atualidade. Às vezes chamada de Barbie. Segundo ele, foi isso que mais o atraiu, mas teve um cupido nessa história. Melhor dizendo, foram dois cupidos: minha mãe e a pipoca.
Se eu acreditasse em destino diria que tudo naquele sábado conspirou para que nos encontrássemos. Minha mãe me obrigou a acompanhá-la numa visita aos futuros sogros do meu irmão, quando eu queria mesmo era sair com as minhas amigas... Ela nunca fazia isso! Chegando lá, o irmão da noiva do meu irmão pediu para eu ir num cineminha fulero segurar vela pra ele e a namorada. Pensei em recusar, mas minha mãe disse que eu não estava sendo educada e insistiu que eu fizesse companhia ao casalzinho, visto que a mãe da moça não permitia que ela saísse sozinha com o namorado.
Eu nunca tinha ido naquele cinema, apesar de ficar bem próximo à minha casa. Mais próximo ainda ficava da casa dele. Hoje fico pensando em quantas vezes estivemos perto um do outro, sem saber, ao longo de toda nossa infância e adolescência, já que morávamos tão perto e tínhamos praticamente os mesmos amigos. Sei lá, a vida é mesmo engraçada...
Engraçado foi o fato de eu ter me produzido toda pra sair com a minha mãe. Até parece que pressenti que aquele dia seria especial quando decidi vestir meu taier cor-de-cenoura que acabara de buscar na costureira. Eu tinha visto numa revista alemã de moda, a Burda, que a saia midi era a última moda na Europa. Presumi que logo chegaria ao Brasil e me antecipei: comprei um corte de lã e levei para costureira.
Confesso que me senti como alguém vinda de Marte, com tantos olhares que atraí quando saí na rua com aquela sai comprida até o meio da canela. O ano era 1971 e a moda não era tão democrática como é hoje. Todas as meninas usavam mini-saia, era uma febre e nenhuma delas estava disposta a descer nem um milímetro da bainha!... Será que alguém vai se lembrar disso?...
Pensando melhor agora, eu não poderia passar despercebida mesmo... Nem pra ele que ainda é um poço de distração nessas questões de vestimenta feminina. Mas ele me disse depois que me achou ‘diferente’, ‘elegante’... e beeeeeem mais velha do que ele, por isso aumentou sua idade rsrs.
Talvez tenha sido os meus longos cabelos presos num coque no alto da cabeça... Ou talvez os meus sapatos de salto alto de verniz preto. Ou talvez o conjunto todo.
Eu ficaria horas aqui descrevendo os pormenores daquele dia, mas vou direto ao que interessa:
O filme não prestava, a pipoca tava salgada e eu não estava a fim de segurar vela pra ninguém. Fui dar um rolê pelos corredores, procurar um lixo pra jogar aquela pipoca. Alguém falou na semi-escuridão: ‘estou com uma vontade tão grande de comer pipoca’.
Eu parei e me virei em direção à voz. Um clarão do filme aconteceu bem naquele momento e nossos olhos se cruzaram. Eu caminhei até ele e depositei o saquinho todo dentro das suas mãos em concha. Dei a ele toda aquela pipoca salgada. Mas também dei o meu sorriso mais doce. Em troca ele me deu um passado, presente e um futuro de plena felicidade... Deu-me uma linda história de amor... e filhos maravilhosos.
Sueli, que lindo, amiga! Diria que hoje não se namora mais como antigamente. Por quantas provações a gente tinha de passar; quantos 'nãos' tínhamos de dizer; quantos olhares enamorados que falavam de paixão, de querer se aproximar, não?
ResponderExcluirNossas roupas comportadas (em comparação as atuais), saltinhos, costureiras, roupas de revistas!! Péra, amiga, não somos da era dos dinossauros... Não faz muito tempo, não. E segurar vela! Rsrs
Estas são as nossas histórias, estas são as crônicas da vida que deixam uma incrível saudade. E falando em saudade... Poxa, hein!!! Precisa ficar tento tempo ausente? Pra mim não cola. Sei o porquê de sua ausência: preguiça da 'boa'.
E quanto ao cavalo branco, é um caso a pensar, meio surreal! Bem que adoro o surreal.
Grande beijo, adorei, pois me fez voltar ao tempo, também. E parabéns ao casal!!!
Com carinho
Tais Luso
Olá, Sueli...
ResponderExcluirQue história linda!
Parabéns ao seu Aniversário de Casamento!, que você seja sempre a Barbie do seu marido...muito legal mesmo.
Estou seguindo você e já lhe fiz um convite para visitar meu blog, Sapatinhos da Dorothy, só clicar em meu nome...também fiz niver de casamento esse ano...22 anos...heheh
Bjs, querida
Que seu dia seja muito feliz!
Sapatinhos da Dorothy
SANDRA QUERIDA!
ResponderExcluirObrigada pelos cumprimentos, mas não é aniversário de casamento, é o aniversario do dia em que nos conhecemos rsrs.
Aproveito para informar que o nosso aniversário de casamento é no próximo dia 18.
Isso me economizou outra crônica rsrs.
Obrigada pelo seu comentário, um grande abraço!
Sueli Gallacci
Oi Sueli, que delícia ter essa história, sabia? rsrs
ResponderExcluirO príncipe encantado (eu creio), existia era nesse tempo nosso, viu. Hoje nem o cavalo existe mais... rsrsrs.
Lembro sa saia midi, eu tb usava e quem as fazia era minha mãe.
Ah o tempo de segurar velas kkkkkkk... coisa boa essa, mas nem tanto porque no teu caso valeu, né?
Beijão querida e tenha um lindo findi!
Lu
Ah, Sueli, quanta saudade desses tempos (ou desse romantismo, melhor dizendo). Eu não sou saudosista mas tem umas mudanças modernas que me parecem que foram para pior e uma delas é a gentileza entre um casal, o romantismo ingênuo e quase infantil que nos fazia corar diante da outra pessoa, de dar aquele friozinho na barriga só de ver o outro.
ResponderExcluirOutro dia eu presenciei uma cena no shopping que me deixou meio atordoado: o menino saiu do banheiro, viu uma menina na porta do outro banheiro e lascou: vamo beijá? E ela não se fez de rogada. Só depois de um longo beijo foram perguntar um o nome do outro. hahahaha.
Abração e ótima semana e muitos mais anos de felicidade junto ao seu príncipe e toda a família.
Sueli,felizes são todos aqueles que, como você, tem uma linda história de amor para contar, com direito a príncipe encantado e tudo. Faço parte desse grupo que, num tempo tão bom, vivíamos um namoro recheado de romantismo e pureza. Tenho muita pena dos jovens de hoje que não têm a mínima ideia do que é namorar de verdade.
ResponderExcluirParabéns por todo esse tempo de felicidade com o seu amado e que Deus os abençoe sempre!
Beijos
As vezes a vida segue por caminhos misteriosos, ja disse alguem,né?
ResponderExcluirQuanto ao ficar velho, uma correção... meu corpo esta ficando velho o que é uma Lei natural, mas meu espirito tem 25 anos como oseu tambem.
Felicidades!
Ahhhhhhhhhhh... que linddddoooooo!!!! Me emocionei flor, juro!! Eu sou toda romantica, adora essas cenas...ahhhh.... refiz toda a cena em minha imaginação, como se estivesse lendo um livro de romance, adorei, bom ler algo assim, pra voltar a sonhar, a acreditar... enfim... PARABENS para o casal!!! Ele foi um sortudo....rs...bjo
ResponderExcluirQue texto liiindo... Tão cheio de ternura que dá vontade de reler.
ResponderExcluirParabéns pela história, pelo achado, pela pipoca, pelas memórias. E parabéns pela capacidade de reconhecer a beleza de uma vida que transcende o tempo.
Saudades demais. Beijo enorme.
Fê Coelho
Sueli, amada, passei pra te deixar um beijo!
ResponderExcluirBoa noite querida!
Lu C.
Sueli,
ResponderExcluirque historia linda!!!Pessoas especiais, são feitas de momentos assim...
adorei conhecer essa passagem...obrigada por compartilhar!
um bjo imenso
Sueli,
ResponderExcluirobrigada pela visita e comentario.
faz tempo que entendi que apenas nós somos responsaveis por tudo que acontece em nossa vida, inclusive a presença de pessoas indesejadas...
olhe e escolha somente o que te faz bem!
um bjo enorme,
Sueli, linda demais sua história, e cheia da magia que uma 'Barbie' merece!
ResponderExcluirTão bom ter conhecimento, hoje em dia, da existência de príncipes encantados, pois, segundo uma amiga, o máximo que se encontra atualmente são os 'sapos em evolução'... rsrsrsrs
Mas eu, assim como você, também acredito no Príncipe, e falo que encontrei uma versão moderna de um. Privilegiadas nós, viu! rsrsrs
Parabéns pelo aniversário de amor ao casal sempre apaixonado.
Um beijão!
A data é linda - e o filme que vc passou aqui pra gente, com o final feliz descrito de maneira emocionante (chorei), é tocante.
ResponderExcluirParabéns pela data maravilhosa, pelo passado que relata neste presente, seja o futuro a continuidade desse amor!
Bjo
* Gostei de encontrar texto novo (e lindo!).
Putz! As mulheres mais velhas são fogo. A minha, um ano mais "velha" do que eu, fez a mesma coisa comigo. Ano que vem, depois de dois filhos e dois netos, serão também quarenta anos. Só que ela usava uma minissaia curtinha, sapatos altíssimos e... que pernas! Hehe!
ResponderExcluirParabéns pelo texto e pela sua felicidade.
Beijo carinhoso,
Gabriel
Bom dia, querida amiga Sueli.
ResponderExcluirEm primeiro lugar, quero lhe agradecer o carinho. Eu estava com tanta saudade...
História de príncipe encantado me fascina. Ainda mais, sendo real. Ainda mais, sendo você a princesa!
O universo conspirou e há de conspirar sempre, para que a alegria seja uma constante na sua vida.
Beijos no coração.
Que Deus abençoe todos vocês.
Amei... Ainda acredito em príncipes. Enfim olha a princesa aqui. E como li, adaptando : é só não seguir as setas, que encontramos o caminho. Enfim defeitos todos têm, pessoas para fazer intrigas e atrapalhar também. Mas e daí ? É preciso arriscar-se para ser feliz. Parabéns e muitos e muitos outros anos felizes.
ResponderExcluirSueli, que linda história de amor!!!
ResponderExcluirVocê é linda... de pele, de alma...
de fala transparente.
E eu fico contente de vê-la comemorar uma data tão especial.
PARABÉNS!!!
Com carinho
uma flor rosa
de Fátima
Conhecendo seu blog e já seguindo você.
ResponderExcluirLinda postagem uma historia de vijar nesse amor.
E vendo sua foto és linda tem um rosto que transmite paz e carinho.
Um feliz final de semana beijos no coração.
Evanir
Que lindo!
ResponderExcluirLindo todo o descrever, e divertido como você sabe fazer.
Oh Senhor, você não pode sumir desta blogosfera, porque eu adoro ler seus pensamentos.
Achei lindo quando você escreveu que a pipoca era salgada, mas seu sorriso era muito doce, rsrs e adorei todo o texto!
E' tao bom o amor acontecer e com o passar do tempo ele sempre existir, mesmo que tenha pedras , espinhos pelo caminho, a pessoa conseguir ultrapassar essas barreiras e sempre ver o horizonte. E o mais importante disto tudo é ver que não consegue esquecer o primeiro momento! Penso que será ele a nos fazer reviver cada dia mais, essa promessa de amor!
Parabéns Sueli, eu aqui estou muito feliz por tudo que você conquistou.
Te gosto muito!
Beijos
Querida Sueli... Bela história de amor minha amiga! Os melhores encontros são esses mesmos. Os que não são planejados. Os que nos pegam tanto de surpresa e nos deixam depois eufóricos e pensativos. Parabéns pela atitude de vanguarda na roupa e pelo sorriso doce dedicado ao rapaz, que hoje pode se considerar plenamente feliz em ter deixado escapar aquele ingêneo comentário. E assim, uma moça com uma roupa diferente que viu na Burda, louca de sede por causa da pipoca exageradamente salgada viu o olhar que tanto chamou atenção na hora do clarão do filme no meio do escuro do cinema.
ResponderExcluirParabéns pelos 40 anos. Abraço aos dois!!!!
Oi, Sueli! Tudo bem por ai? Você é dessas pessoas que a gente aprende primeiramente a respeitar. Depois a respeitar e admirar e aí, quando somem muito tempo a gente fica meio preocupado. Espero e desejo que tudo esteja bem. Meu abraço fraterno. Paz e bem.
ResponderExcluirBoa tarde, querida amiga Sueli.
ResponderExcluirFeliz dia da Criança.
Beijos.
Tudo bem pode deixar ele vir de cavalo branco e tudo...
ResponderExcluirTudo de bom em tudo e sempre menina1
Sueli, agora visito o Crônicas & Agudas em missão final de reconhecimento (pois é, já passei no outro blog). O título me fez esperar um texto argumentativo, mas ao ler vejo que é autobiográfico. Melhor então, pois nem fica margem para discordar: existe, sim. Pra você, assim como pra todas as mulheres que encontraram o seu, cada uma a seu modo. Não tenho experiência consciente de já ter sido príncipe, que dirá encantado, mas este seu texto aqui é realmente encantador. Posso lhe garantir que ESTOU encantado!
ResponderExcluirPrezada Sueli
ResponderExcluirPassando ligeiro pra deixar um abraço; curiosa e linda história de princesa e príncipe, com final feliz...
Que esteja tudo bem com vocês, bjão!
Adh
Que linda história de amor, amiga!
ResponderExcluirEspero que estejas bem e assim a tua família!!!
Beijocas e saudades!!!
Bom feriado!
Oi Sueli!
ResponderExcluirPassando pra deixar um oi e os votos de Boas Festas, Feliz 2012, que Deus os guie e ilumine na jornada.
Bjão!
Adh
Sempre venho aqui ler as postagens, gosto muito de tudo!
ResponderExcluirUm feliz natal e um ano novo cheio de realizações que deus esteja todos os dias de vossas vidas vos iluminando, que a saúde e a paz sejam o maior presente, são os votos de Arturo e família.
Puxa Sueli!
ResponderExcluirEssa eu ainda não tinha lido, eu também conheci o grande amor de minha vida em 1971. Eu com 21 ele com 18.
Estava passando para vê uma casa à venda ao lado da sua, quando vi um rapaz muito magro com os cabelos enormes (coisa da época) ele corria atrás do irmão e quando me viu parou e ficou me olhando, eu pensei; cresça e apareça, vê se enxerga!...
Mudei-me para esse local, no inicio ficamos apenas amigos, repentinamente depois de um ano começamos um namoro que dura até hoje. Com três filhos casados e só agora um netinho a caminho. Nem sempre foi tudo flores, mas o amor venceu e hoje estamos mais felizes do que nunca.
Bjos